segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Guerra nas Estrelas: Império do Mal






















O último filme de Star Wars, "Os últimos Jedi" está dividindo opiniões. O consenso é que os personagens da trilogia original não tiveram o tratamento que mereciam só para dar ênfase aos personagens novos. Mas esse é um assunto extenso que já está sendo discutido por toda a internet.

O que eu queria comentar é sobre este que é um dos meus tesouros da minha coleção de quadrinhos: "Guerra nas Estrelas: Império do Mal" (Star Wars: Dark Empire) lançada pela editora Dark Horse, escrita por Tom Veitch e desenhada por Cam Kennedy entre dezembro de 1991 e outubro de 1992. As capas cinematográficas foram pintadas magistralmente por Dave Dorman. Canônico ou não canônico, esse é um trabalho estilizado que merece ser lido.


Assim como "Herdeiros do Império" reiniciou o universo Guerra nas Estrelas nos livros, "Império do Mal" fez o mesmo nos quadrinhos. Essa dupla de artistas já era conhecida no Brasil pelo seu trabalho na fascinante série "Guerra da Luz e das Trevas". Um trabalho único, com cores pintadas a mão de forma surreal.


A história de "Dark Empire" se passa seis anos após a batalha de Endor. O Império está se reagrupando rapidamente, graças a um novo líder misterioso, e está atacando a Nova República com gigantescas máquinas de Guerra que vão destruindo a população de vários planetas. Junto com Lando, Chewie, Artoo e outros aliaodos, Han e Leia tentam proteger o seu filho ainda não nascido.


Enquanto isso, Luke toma uma decisão desesperada e se deixa converter para o lado negro da Força. Seu plano é ter acesso aos planos do Imperador recém ressuscitado, cujo espírito sombrio retornou através de um corpo clonado. Luke pretendia "retornar" ao caminho da luz por conta própria, como Darth Vader o fez. Mas o apelo dos poderes gigantescos dos Sith se mostraram muito maiores do que ele podia resistir.


Por que me lembrei dessa HQ clássica agora? Pois no "Star Wars: Os Últimos Jedi", muita gente se surpreendeu com os poderes que o Luke usou na "luta" final contra o vilão Kylo Ren. Mas os poderes de projeção visual de longa distância através da Força tiveram sua estréia nesta HQ. Na história de "Império do Mal", Leia tenta resgatar seu irmão Luke no planeta Byss, que aparentemente a acompanha na nave para fugir do lugar, mas quando eles já estavam longe, Luke revela que nunca saiu de Byss, ele tinha ficado para trás para tentar enfrentar o Imperador. Ou seja, mesmo que "Os Últimos Jedi" seja controverso, esse uso da força já tinha um precedente.  :) 



domingo, 28 de janeiro de 2018

Aves de Rapina, a série de 2002



















Antes do sucesso de Arrow, antes do sucesso do Flash, antes de Batman Begins (2005) mostrar  o caminho das pedras, tivemos "Birds of Prey" na TV em 2002.(no Brasil, chamada de "Mulher Gato" pelo SBT)

Um tentativa louvárvel de trazer o universo do Batman pra TV, no caso, a série baseada nos quadrinhos da mestra Gail Simone. Na HQ, a Bárbara Gordon, antiga Batgirl e agora chamada de Oráculo, comanda a equipe "Aves de Rapina" para proteger Gotham City. Na formação inicial temos a Canário Negro ajudando a Oráculo, e depois a Caçadora e Lady Falcão Negro se juntam a equipe. Na adaptação para TV, temos a Oráculo comandando a Caçadora e a filha da Canário Negro original.


A atriz Dina Meyer, de Tropas Estelares, faz a Oráculo nesta série, e é de longe a melhor atriz.  Ela aparece como Batgirl em breves flashbacks que nos deixam imaginando como teria sido um seriado do Batman, ao estilo da série animada dos anos 90. Eu imagino que teria se tornado uma série cult, revisitada constantemente tal como a série dos anos 60.



Logo no primeiro episódio temos um flashback com o Batman, vestido ao estilo Tim Burton, que nos leva a pensar a principio que essa série se encaixa vagamente na cronologia dos filmes. Mas a série leva em consideração a clássica história do Alan Moore, a "Piada Mortal", na qual o Coringa vai até o apartamento da Barbara Gordon para lhe dar um tiro que encerraria sua carreira como Batmoça.



A Caçadora da série, interpretada pela atriz Ashley Scott, é a Helena Wayne, filha do Bruce Wayne com a Selina Kyle, tal como na era de prata, ao invés da Helena Bertinelli, a Caçadora dos Quadrinhos dos anos 90 e 2000, os quais os fãs estavam acostumados nos quadrinhos. Nesta versão, ela é meta-humana e tem agilidade superior. Como muitos superheróis nos filmes hoje em dia, ela não usa máscara. Nem uma mascarinha.


Pelo menos no seriado do Arqueiro Verde (Érrou), a Caçadora usa máscara dominó. mas sinceramente.....







Custava fazer o uniforme correto? Como essa cosplayer com seu uniforme espetacular? É do universo do Batman que estamos falando! Agh. Nem posso pensar nos uniformes que a CW fez recentemente. Para cada passo na direção correta, são três na direção errada. O que nós queremos ver é os desenhos do Jim Lee e do Ed Benes em versão Live-action! Só isso!



Bom, voltando a "Aves de Rapina" a série de TV de 2002, lá temos a Arlequina, em versão envelhecida. A atriz foi curiosamente muito bem escolhida, sento interpretada pela atriz Mia Sara (do filme cult adolescente "Curtindo a Vida Adoidado"), o que nos leva também a pensar que ela teria sido uma excelente Arlequina em um filme do Batman de meados dos anos 80.



Outro fato bizarro é o mordomo Alfred tomando conta das moças. Ele tem uns 120 anos então? A Canário Negro não é a Canário Negro, é a filha dela, e ela não grita, tem telepatia limitada. Mas a Canário Negro original faz uma aparição respeitosa na série.  Enfim... "potencial" é o que essa série tinha. Se ela tivesse os efeitos avançados que temos agora com os seriados da CW, se ela se mantivesse um pouco mais fiel as histórias da DC da época, teriamos tudo uma série muito muito melhor, e muito mais memorável.