sexta-feira, 14 de julho de 2017

Ghost in the Shell - Comentário sobre o mangá encadernado






















Finalmente comprei e li esse calhamaço do "Ghost in the Shell" e amei totalmente. 

A obra prima do roteirista e desenhista japonês Masamune Shirow, lançada originalmente em 1989 e que originou várias animações, um jogo de Playstation 2  e recentemente um filme live action, foi relançada recentemente em formato encadernado no Brasil com 352 páginas, custou R$ 70,00 e vale cada centavo.
























A arte é extremamente detalhada (além dos limites da obsessão), e  futurista,  e o roteiro  tem várias críticas sociais afiadas, mas também tem uma empolgação e um senso de humor que não lembro estarem presentes no longa metragem de 1995.  Pois na HQ, a personagem Motoko, a mulher policial ciborgue não é uma deprimida silenciosa, mas é alternadamente amigável e irritada, que pega as sua folgas para se divertir, além de soltar críticas ácidas quando tem vontade. Parece um seriado enlatado policial na qual os vários recrutas vão passando pelo dia a dia na sua rotina. Só que com hackers, no futuro.

Além de um final cósmico espetacular que eu não esperava.  Você paga o ingresso para ver robôs se batendo e no final recebe o sentido da vida como brinde, hehehe.























Confesso que na época, eu não dei bola nem pra HQ e nem pro desenho animado de 1995. Eu era fã do anime AKIRA, acompanhei zelosamente a revista e assisti o longa metragem com empolgação. Quando veio a vez de "Ghost in the shell", eu não estava investido, não estava a bordo do trem do entusiasmo e devo ter dormido no meio de tanta solenidade. Hoje, finalmente apresentado à série como deveria ter sido, pude rever o filme e entender o que estava se passando.

Em suma, é um presentão e uma leitura obrigatória.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

O retorno de ROM - O Cavaleiro do Espaço
























Graças a parceria da editora IDW e a empresa de brinquedos Hasbro, temos finalmente, após mais de 30 anos a primeira figura de ação de "Rom: O cavaleiro do Espaço".

O personagem é desconhecido pela maioria dos fãs recentes, mas um punhado de fãs resistentes ainda lembra do personagem nos anos 80, quando foi escrito pelo mestre Bill Mantlo e desenhada pelo veterano do Hulk, o desenhista Sal Buscema.

O personagem era, assim como os "Transformers" , inicialmente só uma propaganda, um merchandising, um tie-in, do boneco Rom lançado nas lojas. Mas assim como  a Marvel fez com os Transformers, o personagem Rom recebeu um tratamento cinco estrelas no seu gibi. Sendo levado a sério, o personagem extrapolou o seu potencial.


Rom era um "Cavaleiro do Espaço" era um jovem humano que se ofereceu para virar um super ciborgue espacial para defender seu planeta Gálador, dos invadores "Os Espectros", criaturas horrendas que mudavam de forma e se disfarçavam de humanos na Terra. Com a seu scanner o "Analisador", que desmascarava os Espectros e o "Neutralizador", uma arma que bania os monstros numa dimensão paralela chamada "Limbo" ele lutava pela sobrevivência do seu povo.

 Pelo menos alguns fóruns de quadrinhos do Brasil lembravam do Rom, pois usavam o termo "enviar para o limbo" para designar o ato de banir permanentemente membros de fóruns de discussão."Ele foi limbado, e do limbo não há retorno".





O contrato com a fabricante de brinquedos original se encerrou, ou algo assim e a Marvel cancelou o gibi, mas não sem encerrar sua história com chave de ouro. Rom, junto com o resto dos heróis Marvel, derrotou os Espectros e salvou seu mundo. Final feliz.

Os anos se passaram e meia dúzia de fãs sobreviventes ainda pedia pelo retorno de Rom, mas a Marvel se limitou a apresentar apenas alguns elementos escondidos nas páginas do Quarteto Fantástico. Como a sua arma e seu scanner, apareceram nas mesas do Reed Richards algumas vezes, e uma versão "rebootada" dos amigos do Rom, os outros Cavaleiros do Espaço apareceram irreconhecíveis.








Por fim, a editora IDW recentemente adquirou os direitos do personagem que estavam no limbo (ahem) e ressuscitou o personagem, de forma estilizada, para não ficar idêntico a versão da Marvel, e está reapresentando ele nas revistas da editora. 

Mas mesmo assim, os cinco fãs remanescentes inicialmente ainda olharam torto. Mas com certeza eles ficaram felizes ao ver a nova figura do Rom, junto com os G.I.Joes e os Transformers. 

Os Deuses de Gálador aprovam!