terça-feira, 18 de outubro de 2016

Pìores HQs de todos os tempos




Para não dizerem que só falo do melhor do melhor, agora é hora de falar do pior do pior.

A DC Comics produziu muitas obras primas ao longo dos anos. Digna de figurar no panteão do imaginário cósmico. Mas também pisou na jaca muitas vezes. Uma das piores vezes foi "Crise de Identidade". A série tenta imitar porcamente o pior do Alan Moore, em tom de auto-importância. Pega na cronologia que foi apagada faz quadro décadas (pré-crise), as histórias mais inocentes da era de prata e mancha a inocência com uma "adultice" pretensiosa.(óóó eram todos secretamente corruptos e malvados). O escritor perguntou literalmente a um editor preguiçoso "Quem eu posso matar", e pegou justamente personagens esquecidos mas bem lembrados da era de prata para abusar da crueldade. O Homem Elástico e sua esposa Sue Dibny tinham acabado de serem resgatados na divertida "Já fomos a Liga da Justiça", escrita por pessoas que se importam e conhecem os personagens. Daí vem essa série.



"Clamor por justiça" foi outro lixo intragável.  Seguindo os passos de "Crise de Identidade" de "vamos matar parentes de heróis da terceira divisão e ser chocantes". A vítima da vez foi Roy Harper, o antigo parceiro do Arqueiro Verde, agora chamado de Arqueiro Vermelho. Cortaram o braço dele e mataram a filha dele, já bem conhecida dos fãs. Tudo só pra  justificar o Arqueiro Verde matar o vilão Prometheus.  









Nos anos 90 estreou uma versão da Liga da Justiça bem humorada, a famosa "Liga da Justiça Internacional", que tinha o Besouro Azul, Gladiador Dourado, Senhor Milagre, Caçador de Marte, Batman, Capitão Marvel entre outros, liderados pelo "malandro" Maxwell Lord. Por muito tempo, essa versão mais leve, mais cômica, com alguns elementos sérios aqui e ali alavancou a popularidade do grupo e ainda é lembrada pelos fãs.  Parte do roteiro da desastrosa 'Contagem Regressiva para Crise Infinita" foi transformar o Maxwell Lord em um assassino ardiloso, numa maldita "revelação de último minuto" desmerecendo toda a fase em que eles eram heróis. Quem é o culpado por essas reviravoltas de último segundo? Os filmes do Shyamalan já eram coisa antiga em 2005. E pra piorar, tivemos que suportar a cena do  Maxwell Lord assassinando o Besouro Azul com um tiro na cabeça.  Eu não entendo, "Homem de Ferro" nem havia estreado, não tinha motivo pra DC se desesperar dessa forma desvairada.


Eu só comecei a ler o Homem Aranha pra valer depois que o Peter Parker se casou com a Mary Jane. Pois esse evento tornou tudo "relevante", "Importante" e "real" pois era uma continuação natural de tudo o que veio antes na vida do Peter Parker, a vida no colégio, a amizade com o Harry Osborn, o romance com a Gwen Stacy e tudo o mais. O Todd McFarlane depois começou a desenhar o Homem Aranha na revista "Amazing Spiderman" e depois em "Spiderman", entre trancos e barrancos, tudo estava certo. Até que um dia o Quesada decidiu que "ser casado não é legal", queremos o Peter Parker solteiro e feliz. MAS O Peter Parker  estava casando E feliz. Mas não, o careca foi impiedoso e fez o escritor J.M.Straczynski escrever o execrável "Um dia a mais", na qual o Peter Parker vende o seu casamento ao demônio Mefisto para impedir que a Tia May morra. Fazendo com que o Peter fique solteiro e galinha sem ter que se divorciar com a Mary Jane pois isso seria "Adulto" demais. ARGH.


Homem Aranha: Pecados Pretéritos.  Agora, o creme de la creme de crime contra os leitores. Lembra da Gwen Stacy, a namorada angelical do Peter Parker, que morreu na ponte do Brooklyn em New York, jogada pelo vilão Duende Verde? Então, de acordo com essa história que não deveria ter sido escrita, o Duende Verde matou ela pois ela era mãe de dois filhos dele, e que ela engravidou quando escapou pra Inglaterra e que esses filhos estavam crescidos graças aos poderes do Norman Osborn. Roteiristas, jogar lama na memória de personagens queridos NÃO é uma boa estratégia. 

Agh! Vou parando por aqui! :S
Menções honrosas vão para "Grandes Astros: Batman"(com o maldito Batman) e Cavaleiro das Trevas 2. 

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