sábado, 27 de fevereiro de 2016

"Demolidor: Diabo da Guarda" da coleção Marvel/Salvat


















Comprei e reli o encadernado do "Demolidor: Diabo da Guarda" da coleção Marvel/Salvat.


Nossa, foi um prato cheio reler essa história que já havia sido publicada aqui no Brasil no formatinho, ainda mais com esse papel belíssimo!  Ahem...nessa história os redondos Kevin Smith (roteiro) e Joe Quesada (desenhos) fazem por merecer seus salários fazendo gato e sapato do Matt Murdock, numa espécie de  continuação espiritual a "Queda de Murdock".

Tiro o chapéu pra arte do Quesada. Como editor da Marvel o Quesada é ótimo desenhista. Eu perdôo todas as suas presepadas editoriais e mancadas colossais pois seus desenhos são muito bons.

O Kevin Smith ficou à vontade escrevendo o Demolidor (assim como ele escreveu um excelente Arqueiro Verde depois). Ele é um nerd de várias áreas, e aplicou seu conhecimento de religião para criar o seu Matt Murdock condizente com o do Frank Miller: ver o Murdock num confessionário é quase como ver o Batman num gárgula, faz parte, é  esperado e condizente com o personagem, e aqui faz completo sentido novamente.

Mas não é por ser um personagem "da rua" que o Demolidor não vai interagir com o resto do universo Marvel, o Dr.Estranho tem uma ponta que quase rouba toda a cena. É isso que o Todd McFarlane queria fazer com o Spawn ao fazer histórias contadas do ponto de vista de detetives humanos. O Demolidor consulta o feiticeiro, e visto dos olhos de uma pessoa "comum", o Dr.Estranho fica ainda mais sobrenatural.

Nesse aspecto, tanto as HQs do Demolidor quanto o Arqueiro Verde tem algo de "Constantine", no sentido que uma pessoa comum, no caso o herói mais "rasteiro" e insignificante acaba tendo uma importância universal, e tendo um status multi-versal. Tipo assim, se o  Mefisto te conhece, então alguma coisa certa você fez.

Resumindo, seu bolso vai reclamar, mas você vai ficar feliz.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Revisitando o LANTERNA VERDE


Com todo mundo embarcando na onda do Deadpool, ficou moda malhar o filme do Lanterna Verde, mas digo-te não!  Não permitirei!  Pois o filme do Lanterna Verde rendeu bons frutos.  >:(

Okay, o filme do "Lanterna Verde" foi dirigido pela mula sem cabeça, ele pegou a origem escrita renovada pelo Geoph John nos quadrinhos e deixou superpovoada, mas o filme tinha vários elementos bem feitos que nas mãos de um diretor mais comprometido, teria dado muito certo.

A Warner estava nadando em dinheiro com o sucesso de Harry Potter e os filmes do Batman então estava toda experimental, e ela queria um "Homem de Ferro" então o Lanterna Verde ganhou sua chance.

Nos quadrinhos, ele já tinha experimentado um reboot/revamp na forma do "Renascimento" escrito
pelo Geoph Jonhs e desenhado pelo detalhista Ethan Van Sciver e pelo talentoso Ivan Reis.

Mas o problema é a que DC nos filmes não tinha um Kevin Feige centralizador como a Marvel tem. 
O máximo que ela tinha de um consultor criativo era o já mencionado Geoph Johns, e ele não é nenhum mestre como o Bruce Timm, do universo animado da DC, responsável pelos desenhos do Batman e da Liga da Justiça.

Então, o filme veio, fracassou e Hal Jordan apanhou feio. Sendo ridicularizado por apresentadores 
de talk-show ridículos como Conan O´brian que ficavam rindo do "anel mágico".


Mas vamos falar da parte boa.

Na onda desde filme, tivemos várias republicações das melhores histórias em quadrinhos do Lanterna Verde.


E também por causa desse filme tivemos a ótima série em computação gráfica do "Lanterna Verde" do Bruce Timm, apresentando o Hal Jordan, que estava ausente da série "Liga da Justiça" e "Liga da Justiça: Sem Limites".


Essa série em CGI conseguiu apresentar praticamente todos os conceitos bacanas do universo do 
Lanterna Verde de maneira acessível, inclusive apresentando o planeta consciente "MOGO", criação
do mestre Alan Moore. Sim, o mesmo Alan Moore de Watchmen, Monstro do Pântano e etc é responsável pelas melhores histórias dos policiais espaciais.  Sim, nerds, quando sair "Guardiões da Galáxia 2" e todo mundo ficar impressionado com o planeta consciente "EGO" lembrem-se que a DC apresentou o Mogo antes. :)  (mesmo Ego tendo sido criado antes)

Aliás, a batalha espacial do episódio com o Mogo foi uma das coisas mais épicas já vistas na ficção científica televisiva.


Além do mais, essa série apresentou uma criação nova, a andróide AYA, uma das melhores Lanternas Verdes já criadas.




















 Pronto, com a criação da AYA toda a onda "Lanterna Verde" está justificada :)


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

DEADPOOL - comentário com spoilers leves




















hahaha Já se passaram 4 dias que vi Deadpool no cinema e ainda estou rindo. 

Este filme não foi o primeiro a usar metalinguagem ou a quebrar a "quarta parede", o próprio desenho animado do Homem Aranha já faz isso, mas este fez com gosto, com toda a fúria de um filme de fã. 
Foi a vingança do Ryan Reynolds às atrocidades cometidas em "Wolverine Origens", e uma celebração dos fãs que apoiaram o projeto depois que o diretor vazou as filmagens de teste faz alguns anos.

O filme é da FOX e fez um bom trabalho lembrando de outros filmes como por exemplo os filmes da filha sequestrada do Liam Neeson e principalmente "ALIEN 3", um dos filmes controversos da FOX que nunca é deixado pra trás.

Algo interessante é que oficialmente chegamos aos anos 90 nos quadrinhos dos X-men. As sagas "Deus Ama, o homem mata", "Saga da Fênix", "Dias de um Futuro Esquecido" e "Arma X" dos anos 70 e 80 já foram adaptadas (do jeito que deu) para as telas. Agora chegamos à famigerada "Era das Trevas" dos quadrinhos, na qual as lucas de pelica deram lugar as metrancas Liefeldianas. 

De um lado estava o super pacifista Homem Aranha, e do outro tinhamos o violento Justiceiro e depois o o Bishop e o Cable com suas metralhadoras e logo em seguida o Deadpool.

Foi a época em que o desenhista Rob Liefeld desenhava os Novos Mutantes e depois a X-force. Como tantos fãs na época eu comprava a revista, comparava o traço excelente do Jim Lee com os traços tortos do Rob Liefeld e ria "como o Liefeld desenha mal, ele não sabe desenhar pés, desenha tudo torto" e etc etc. Aquele Capitão América torto com um peitão gigante rendeu anos de risada com os amigos. Mas se eu não gostava, por que não parei de comprar por 30 anos?

Agora vendo toda essa fase sendo mostrada na tela para todos verem, não dá pra não sentir um pouco de cumplicidade. Parabéns Rob Liefeld e Fabian Nicieza, eu sempre acreditei em vocês, hehehehe

tesouro da minha coleção, hehehe


Mas o filme me deu uma tremenda vontade de rever os filmes anteriores dos X-men, e principalmente, de ver um filme com os Novos Mutantes. Um dos melhores elementos do filme foi trazer dois X-men, principalmente o Colossus, todo correto e heróico, para dar um contraponto a doideira do Deadpool.  A "Míssil Adolescente Megassônico" eu só vi de relance numa revista dos Novos X-men do Grant Morrison. E por falar do roteirista de quadrinhos Grant Morrison, espero que tragam ele oficialmente para os filmes dos X-men da Fox.  Aguardo ansiosamente o filme da X-force com o Cable e o Deadpool.


Então, a julgar pelos tuítes dos outros diretores de filmes de heróis, parece que todo mundo aprendeu as lições erradas. O filme foi um sucesso pois é trabalho de fã, foi feito por amor, NÃO por ter censura alta e sangue na tela. 

Diferente de "Blade" ou "Justiceiro" os filmes sangrentos da Marvel anteriores, o filme do Deadpool que auto-consciente de que é um filme, ficou parecendo filme do John Woo, é tudo de "mentirinha",
é uma farsa. Depois do sucesso do segundo filme do Batman "O Cavaleiro das Trevas" todo mundo começou a emular o Nolan, deixando tudo "realista e dark", até o Espetacular Homem Aranha ficou "realista e dark". Quando o filme do Lanterna Verde fracassou, disseram que a continuação seria "dark". 

Não é o fato de ser dark, é o fato de ter conteúdo, e de fincar o pé numa proposta. Veja os filmes do Superman do Christopher Reeve, o fato do filme passar uma mensagem de otimismo tornou o filme num clássico inesquecível, que teve ramificações durante décadas. Era que as pessoas queriam quando assistiram Smallville, que infelizmente tinha um relutante Clark, que infelizmente retornou no filme "O Homem de Aço" do Zack Snyder, com um Clark tristonho. No final, o seriado da Supergirl, com uma heroína que quer ser heróina desde o começo está sendo mais "Superman" que o Superman. 

Aonde é que eu estava? :P  Ah sim, bom, agora espero que "X-men : Apocalipse" tenha uma fração da paixão que Deadpool teve. Mas sabendo que foi escrito pelo autor de "X-men 3: O Confronto Final" eu fico levemente receoso. MAS estarei lá no cinema de qualquer forma.

E espero que nenhum estúdio lembre que YOUNGBLOOD existiu e comece a ligar os pontos . :) 




quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

sobre o Isaac Asimov

Vamos falar do ISAAC ASIMOV.

Sim, nerds em treinamento, já que estamos desvendando os segredos da Galáxia, vamos falar brevemente sobre o nosso patrono.

O Isaac Asimov pode parecer um professor chato de matemática, mas ao ler os livros dele você percebe que ele é o melhor amigo nerd que você podia sonhar ter.

Ele era um cientista russo vivendo nos Estados Unidos, ele escreveu trocentos livros de ciência e ficção científica e os seus autores favoritos de quadrinhos TAMBÉM leram os livros dele e você já deve ter visto de relance coisas que ele fez e nem percebeu.

A coleção de livros que ele escreveu é irresumível, mas duas que se destacam é a série "Fundação" e seus incontáveis contos de "Robôs". Outros dois que também amei foram "Viagem Fantástica I" e "Viagem Fantástica II".



Depois escreverei uma resenha da cósmica "Fundação". :)


#IsaacAsimov

Thor: Vikings (minissérie em quadrinhos, 2003)

Estava relembrando quais eram as minhas histórias favoritas do Thor e esta com certeza figura como uma das melhores: "Thor:Vikings" escrita pelo irônico Garth Ennis.

Nesta história, graças a um feitiço mal feito de um feiticeiro amador, um grupo de vikings zumbis indestrutíveis começa a destruir New York, derrotando com facilidade os Vingadores e humilhando o nosso amigo Thor.

Resta ao mago Dr.Estranho ajudar ao espancado e injuriado Deus do Trovão e resolver o enigma da origem desses zumbis.

Começa então uma coleta através do tempo em busca dos descendentes do feiticeiro que invocou esses zumbis, sendo esses uma guerreira viking, um cavaleiro das Crusadas e um piloto de caças nazista. Mesmo tendo a premissa de uma história de terror e zumbis, os diálogos espertos e hilariantes do Dr.Estranho
dão um ar de "De Volta para o Futuro" e "Uma noite alucinante" nesta HQ.

Com esses personagens malucos, essa história daria um filme oitentista excelente. :)

Quem não leu, eu recomendo essa ótima leitura. :)


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

A HQ "The Authority" e suas muitas influências

Uma das HQs que mais teve repercussão nos anos 2000 foi "The Authority" (editora Wildstorm) escrita pelo genial Warren Ellis e desenhada pelo mestre Bryan Hitch.




Essa HQ é o que chamariamos de ponto focal numa linha de tempo (para você que é viajante do tempo, sabe disso), pelas repercussões que causou.

A HQ é uma versão proativa da "Liga da Justiça", na qual uma equipe de super-heróis enfrenta (mata) vilões terríveis em escala planetária gerando batalhas gigantescas que destroem continentes. Como a maioria dessas batalhas se passam em Terras Paralelas, então o nosso planeta tem um desconto.

As histórias não são gratuitas e a violência não é sem sentido, como eles mesmos disseram. Mas eles ganharam fama dentro e fora dos quadrinhos. Tanto a MARVEL e DC sentiram uma coceira desgraçada quando leram essa história que partiram para cima com vingança.

A primeira coisa que a DC comics fez foi fazer uma paródia do "Authority", chamada "Elite".

A líder do Authority, a "Jenny Sparks" virou o líder da Elite o "Manchester Black" na DC.


O resultado foi uma HQ fantástica, "O que há de tão engraçado em verdade, justiça e o modo americano" na qual a Elite aparece no universo DC matando vilões e sendo celebrados por isso.



O Superman fica indignado, e tentar ensinar que você pode enfrentar o mal sem se tornar um vilão.

Mas, a Elite não se convence, o Manchester Black conta sua trágica história e visão niilística do mundo e logo os dois se enfrentam.

O que se segue é incrível, o Superman APARENTEMENTE mata os membros da ELITE um a um, o que deixa Manchester Black e todo mundo apavorado...afinal o Superman não mata ninguém. E não o fez,foi apenas um susto, se ele quizesse poderia ter feito "Mas eu não quero meus heróis feios e malvados".



                                   SuperTROLAGEM em nível cósmico, hahahah

Essa HQ "Superman contra a ELITE" foi lançada em um filme animado da DC, que foi de razoável a mediano, mas que usa recursos só disponíveis em desenho animado, como na introdução, que foi mostrado um Superman como nos anos 60, como se dizendo "o Superman é datado" mas no final, mostrando que não é. Que é importante ter símbolos fortes e inspiradores.

Esse é o filme que o ZACK SNYDER deveria ter assistido antes de dirigir "O Homem de Aço", pois não tem justificativa matar o Zod.



Já a MARVEL não quiz saber de ganhar do AUTHORITY no campo filosófico, ela simplesmente sequestrou o desenhista Bryan Hitch, levou ele pra Guantanamo  e fez ele desenhar os Vingadores como se fosse o Authority, e nisso surgiram os ULTIMATES (Os supremos)


E "Os Supremos" virou animação.


E depois se tornou o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU)




terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Nova nave de "Jornada nas Estrelas: Sem Fronteiras"


Veja a imagem da nova nave da federação, que parece que vai ter um grande papel no décimo terceiro filme de "Jornada nas Estrelas". 

Tadá! Eis a USS Franklin. Pelo que sabemos pelo trailer de "Star Trek Beyond", a Enterprise vai apanhar de novo, e toda a tripulação vai ficar abandonada em um planeta hostil a Federação. A Franklin parece ser a nave de resgate que vai tentar salvar todo esse bando de 400 camisetas-vermelhas inúteis que nem consegue pilotar uma nave. :) 



U.S.S Franklin em sua glória


Capitão Spock usando o logo da nova nave no ombro




segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O retorno de Arquivo X


Finalmente "Arquivo X" retornou com fúria,  em uma minissérie de 6 partes que traz os anos 90 junto consigo, e isso é bom.

É difícil falar de uma série importante como Arquivo X, sem correr o risco de jogar um muro de texto
pra cima de vocês mas vamos lá com nossa mini-retrospectiva.

"Arquivo X" (1993) foi uma das várias séries de ficção científica de qualidade que surgiram no rastro de "Jornada nas Estrelas: A Nova Geração" (1987-1994), mas no caso, os alienígenas não estavam no espaço sideral, mas estavam muito mais próximo, nas florestas e nas estradas a noite, assustando motoristas solitários.



Essa mistura de ficção científica com drama de procedimento policial bem real provou ser uma fórmula de sucesso. Toda a semana o público sintonizava para ver teorias da conspiração sendo discutidas na TV junto com uma generosa quantidade de cenas hmmm..melequentas.

Essa ousadia de mostrar efeitos especiais e de maquiagem mostrando autópsias sangrentas abriu caminho para dezenas de seriados de procedimento investigativo como "CSI", "Bones", "Cold Case" e outros.

Além do mais, o visual da série era muito característico, sempre filmado em dias nublados e cinzas, e isso influenciou toda uma geração de filmes de terror. Pena que essa centena de filmes de terror só trouxe os dias nublados e nada da qualidade da escrita do "Arquivo X"

Outra coisa interessante é que as tais "teorias da conspiração" já faziam parte das publicações da época, no começo dos anos 90, eu lembro que toda semana tinha novos livros e revistas e fascículos de "UFOS" nas bancas.  Fora que toda conversa de festa familiar sempre tinha o "tio" que sabia de todo tipo de conspiração, explicando que tal grupo é culpado de tal coisa que foi acobertada por tal governo e assim por diante.

O que "Arquivo X" fez foi trazer isso pras televisões de forma interessante, com sua mistura de 
"Projeto UFO" e o filme "O Silêncio dos Inocentes". Em tempo, outra influência a Arquivo X foi o seriado "Kolchak" (1974) na qual um repórter corria atrás de casos sobrenaturais ignorados pelas autoridades.

Mas uma outra ousadia de Arquivo X era alfinetar o(s) governo(s) com todo tipo de crítica, por detrás
do seu manto protetor. 

Enfim, o seriado fez um sucesso absurdo, o que fez o cauteloso criador da série Chris Carter tentar
criar outras séries na época, como "Millenium"(sobre um demonologista) e "Espaço: Acima e Além"(um Tropas Estelares genérico), mas infelizmente as duas não vingaram. Teve também um sobre realidade virtual, mas desse nem cheguei perto.

A série teve dois filmes de cinema, o empolgante "Combata o futuro"(1998) e o fraquíssimo "Eu quero acreditar"(2008).

A série também teve dois videogames bem produzidos, um pro Playstation 1, que era um festival de FMV (filminhos) e um de ação pro Playstation 2 (Resist or Serve).

Esse filme de 2008 foi o que fez os fãs pensarem que Arquivo X nunca mais iria retornar. Ufa, ainda bem que voltou, estávamos com saudades. :)