sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Star Wars: Rogue One - comentário com spoilers



















Assisti "Star Wars: Rogue One" no cinema. Que filme excelente! Que presente para os fãs de "Guerra nas Estrelas". Eu diria que é o melhor filme de Star Wars já feito. Ele se conecta com perfeição com o Episódio III e IV, além de Clone Wars. É perfeição demais. É "o Resgate do Soldado Ryan" e "Canhões de navarone" no espaço.  :) 

Gostei muito dos novos personagens, todos eles trouxeram algo de novo ao tabuleiro, desde a Jin Erso, filha de um dos cientistas da Estrela da Morte, até o Diretor Krennic. Ate me vi torcendo pelo Diretor Krennic, cujos esforços e crédito iam ser roubados pelo Governador Tarkin! Tomando crédito pelas idéias dos outros, isso é pura maldade! Mas quem roubou a cena foi o personagem do ator de artes marciais chinês Donnie Yen, o Chirrut Imwe, com seu personagem sensitivo à Força. Nos fóruns de Star Wars que visitei, quem ganha em popularidade é o Robô K-2SO, o robô mal humorado que lembra o Marvin, do Guia do Mochileiro das Galáxias.


Bom, quando o diretor disse que o filme  é baseado em "Os Canhões de Navarone" no espaço, isso já foi como um spoiler que o filme seria sofrido e molhado. Tal qual o pobre esquadrão suicida no filme de 1961 que tem que destruir uma fortaleza alemã na segunda guerra mundial, cujos canhões gigantescos estavam destruindo barcos dos aliados. Aliás "Rogue One" tem todo esse clima de "Segunda Guerra Mundial" bem arraigado.




Quando o diretor do filme Gareh Edwards disse que gostava dessa cena em "O Império Contra-Ataca" quando os Rebeldes tentam defender a base no planeta Hoth do ataque dos andadores AT-AT do Império, isso também deu uma boa idéia do que esperaríamos. A história contada do ponto de vista dos soldados rasos, ao contrário das tramas palacianas ao estilo Duna, que permeou a trilogia de prelúdio de Star Wars, as famigeradas "Prequels" e que não caiu bem aos olhos dos haters de plantão que querem ver o circo pegar fogo, mas não querem saber "Por quê" o circo pegou fogo.

Mas sejamos sinceros, toda essa seriedade é basófia, pois todo mundo que já estava vivo na época e que brincava com bonecos de "Star Wars" da Kenner no jardim queria ver mesmo rebeldes lutando e se explodindo (e é isso que tivemos no filme). Eu já perdi vários soldados e suas arminhas enterradas na areia e no congelador da geladeira. Essa parte com gelo fazia um excelente interior da base rebelde.  :) 




Como assim? Sua mãe nunca lhe deixou usar a geladeira para brincar de "Império Contra-Ataca" com seus bonequinhos? Ahn...próximo assunto...








Vamos falar da trilha sonora. Eu sempre amei a música do John Williams; nada era mais épico que o tema do Superman, do Indiana Jones, de Star Wars e de ET. Escutei esses discos de Vinil, depois os CDs e depois os MP3s até gastar. Mas o John Williams sempre foi velho e sempe temia que ele morresse a qualquer minuto e quem o substituiria? O compositor Jerry Goldsmith de "Star Trek" e "Rambo" sempre era um contra-ponto, o outro lado do espectro, com melodias belas mas não eram tão..diretas quanto a música do John Williams. Até que um dia nos anos 90 eu fui na loja de CDs "Always" na rua augusta e me deparei com esse CD....


"Shadows of the Empire" foi um lançamento "Star Wars" de meados dos anos 90. Foram lançados um livro "Sombras do Império", um jogo de videogame pro Nintendo 64, um CD de música orquestrada e quadrinhos. Era um projeto multimídia, tipo um "filme sem um filme". A história se passava entre "O Império Contra-Ataca" e "O Retorno de Jedi", e contava a história de Luke e Leia contra um líder de uma organizaçao criminosa chamada "Black Sun" que agia em Coruscant. A música era épica, foi composta por Joel McNeely, que tinha composto vários episódios do "Jovem Indiana Jones" pro George Lucas. Hmm..eu pensei...eis um sucessor pro John Williams..

Eis então que do nada surge o compositor John Ottman. que fez um bom trabalho com a trilha de X-MEN 2,  e que foi escalado pelo diretor Bryan Synger para compor a trilha sonora do promissor "Superman: O Retorno". O trabalho dele seria como do Joel McNelly, pegar a trilha composta pelo John Williams e expandir, usando respeitosamente os temas já estabelecidos dos personagens e ao mesmo tempo, criar novos temas a situações. Embora o filme não tenha sido uma unanimidade, pelo menos a trilha sonora ficou excelente. Então, ele seria uma escolha justa para suceder ao trabalho do insubstituível John Williams

Mas no final, quem foi o escolhido para essa tarefa foi o compositor de LOST, Michael Giacchino. Tivemos sorte, pois o trabalho dele ficou ótimo. Dizem as más línguas que o filme "Star Trek", o reboot de 2009 de Jornada nas Estrelas foi um teste que o J.J.Abrams fez para poder dirigir "O Despertar da Força". O Michael Giacchino se esbaldou com a trilha sonora, fazendo uma versão super empolgante do tema do seriado dos anos 60. Então, era de se esperar que ele pulasse do lado da Federação dos Planetas para o Império Galático. Ele liberou seus violinos LOST com toda força na cena final na praia. Chorei rios nessa cena. O nome dessa faixa é "Your father would be very proud".

Vamos falar um pouco do Universo Expandido de Star Wars. Em 2006 tivemos um jogo de PSP e Nintendo DS chamado "Lethal Alliance". Neste jogo, uma mercenária da raça Twi´Lek chamada Riana Saren foi contratada pelo rebelde Kyle Katarn para sabotar os Imperiais e a organização Black Sun. Nisso ela acaba indo parar em um planeta aonde estava sendo construídas partes da Estrela da Morte. No final, ela mesma acaba parando dentro da Estrela da Morte e passa as informações para os Rebeldes. Isso não invalida "Rogue One", mas com certeza ela é uma heroína que precisa ser lembrada pelos fãs, já que se passa exatamente na mesma época. :) 

No livro "Death Star" de 2007, temos o cotidiano da Estrela da Morte. É uma leitura fascinante. Eu diria que não contradiz "Rogue One" mas meio que complementa. Mostra uma arquiteta que descobriu a falha que os Rebeldes utilizavam, mas que sua baixa patente não a permitiu corrigí-la a tempo.
Outro personagem fascinante é o tenente Graneet, o operador do Canhão da Estrela da Morte. Ele se sentiu tão culpado pela destruição de Alderaan que propositalmente atrasou o acionamente do canhão pela segunda vez, dando tempo a Luke Skywalker de destruir a malévola estação.

A nave "Ghost" do desenho animado "REBELS" aparece no meio da frota Rebelde. O desenho se passa vários anos antes de "Rogue One", mas pelo menos sabemos que a piloto Hera Syndulla sobrevive ao seriado e se torna uma general.

Quem sabe no último episódio de Rebels teremos a história de Rogue One contada do ponto de vista da nave "Ghost"  :) 




Resumindo, "ROGUE ONE" é fantástico. E essa cena final com o Darth Vader merece um Oscar de cena mais debulhante de todos os tempos.  :) 


sábado, 24 de dezembro de 2016

He-man e She-ra.- Guia para as Aventuras Clássicas




















O calhamaço a qual me agraciei neste final de ano não é nada menos que um espetacular "Guia para as Aventuras Animadas Clássicas do He-man e da She-ra."(He-man and She-ra, a complete guide to the classic animated aventures).

Comprei esse tijolão importado de quase 600 páginas na livraria Cultura, e é um guia de episódios recheados de notas de produção, esboços, comentários, etc.  Aqui eu compartilho algumas fotos para vocês terem uma idéia do conteúdo.





O papel tem aquele cheiro maravilhoso.


O guia tem storyboards da maioria dos episódios, incluindo cenas
que foram planejadas mas não concluídas ou deletadas.


Hordak planejando como capturar a She-ra


O misterioso mago Gorpo. Não confundir com o Vivi de Final Fantasy IX


Algo nunca visto, mas que havia sido planejado, era mostrar o Gorpo sem chapéu.


Uma grande equipe de desenhistas se revezava para criar monstros originais assim eles não ficavam repetitivos.


Essas árvores falantes me lembram as Ents do "Senhor dos Anéis". Aliás, o universo dos "Mestres do Universo"(MOTU para os fãs) me lembra um mundo meio Tolkien, Star Wars, Conan, Esopo acessível para todo mundo. Com toda a moralidade da Era de Prata da DC, não é a toa que tem milhões de fãs pelo mundo todo, incluindo este que vós fala :) 


Concluindo, recomendo a todos os fãs de fantasia, 
fãs de quadrinhos e fãs dos desenhos clássicos dos anos 80.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Resident Evil: Código Verônica - novelização do jogo


Este livro foi a minha conquista da Black-Friday na livraria Saraiva. A novelização em português do quarto jogo da série "Resident Evil", o "Código Verônica", lançado nos consoles "Dreamcast" e "Playstation 2" e estrelado pela Claire Redfield.
 
O livro, escrito em 2001,  faz parte de uma série de novelizações dos jogos da série, iniciada em 1998 com "A Conspiração Umbrella".

A Claire ao atacar uma instalação da Umbrella é aprisionada e levada de helicóptero até a ilha Rockfort aonde vários experimentos da Umbrella são conduzidos. Mas um ataque de guerrilheiros solta vários tipos de vírus na ilha e logo temos zumbis e monstros espalhados. Um carcereiro latino com bom coração decide libertar a aprisionada Claire, "Ela parece inofensiva como uma escoteira" e que então precisa sobreviver à ilha e descobrir mais do passado da Umbrella. E assim começa mais um episódio do "Hóspede maldito' :)

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Comentário sobre "Invasão" da DC comics

"Invasão" foi um cross-over tradicional da DC de 1988. Várias raças alienígenas da DC se unem para invadir a Terra simultaneamente em uma minissérie em quadrinhos, e que será adaptada agora em 2016 nos seriados de TV da DC comics exibidos no canal CW.
 

Os Dominators, Khundios, Thanagarianos, Daxamitas entre outros invasores enfrentam a Liga da Justiça Internacional, os Ômega-men, o Esquadrão Suicida e a Legião dos Super-heróis.
 
O diferencial dessa série foi ter o desenhista Todd McFarlane, conhecido pelo trabalho em Batman e Homem Aranha, emprestando seu traço para outros personagens da DC. Ele consegue fazer qualquer personagem ficar estiloso e "radical", cheio de pontas e capas de 30 metros.  Ele conseguiu fazer o Gavião Negro, o Hawkman ficar todo elegante e cheio de ângulos.

Essa série nos quadrinhos se espalhou por vários títulos, e um que foi particularmente memorável foi o do Homem Animal, escrito pelo Grant Morrison, na qual ele enfrenta um artista Thanagariano, que fez uma "bomba emocional".

O Artista conecta uma bomba em sua mente, e faz um flashback da sua vida, quando o flashback chega no momento mais importante e climático de sua vida, a bomba explode. Muito poético. Foi o melhor momento do Gavião Negro de todos os tempos, pois o Homem-Animal entra em pânico, chora em desespero pois não conseguir desativar a bomba e o Gavião Negro chega confiante e aperta um botão: "Tudo o que você tinha que fazer é desligar".

Essa série minissérie serviu de inspiração para o episódio especial do desenho animado da Liga da Justiça, em três parte "Starcrossed" na qual eles enfrentam uma invasão Thanagariana.  Os produtores do desenho da Liga queriam fazer do Carter Hall, o Gavião Negro, o líder dos Thanagarianos, mas a DC foi firme e proibiu eles de tornarem ele um vilão. Então, um outro homem gavião genérico, que também é ex-namorado da Shayera, foi criado. O final desse episódio teve o momento romântico da Mulher Gavião, que finalmente tira a sua máscara e assume sua identidade de Shayera



Os Daxamitas, primos pobres dos Kryptonianos foram recentemente apresentados no seriado da Supergirl, na forma de Mon-El. O que também abre caminho para um possível seriado da "Legião dos Super-heróis. Aliás, várias raças alienígenas estão sendo apresentadas no seriado da Supergirl, que está se tornando uma espécie de "Jornada nas Estrelas: Deep Space Nine" com heróis. 
O produtor da série Marc Guggenheim disse que está se empenhando com os melhores efeitos de maquiagem a efeitos de computação gráfica para que o visual dos vilões, a raça conhecida como "Dominators" (os amarelos com círculo vermelho na testa e cheio de dentes pontudos) fique fiel ao traço do desenhista Todd McfFarlane.
 
Confiram alguns posters do cross-over "Invasão" que une os seriados de TV do canal CW: "The Flash", "Supergirl", "Arrow" e Legends of Tomorrow"
 
 
 
 
 

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Arrumando a prateleira de gibis - Parte 2 - A missão




















Atendendo aos pedidos dos meus camaradas da comunidade de quadrinhos, em solidariedade e comunhão à todos aqueles que precisam organizar suas prateleiras, eis que compartilho com os arqueólogos dos quadrinhos, mais umas fotos da minha coleção.


"Eu aprovo essa coleção da DC", Carter Hall


"Vou querer levar essas duas dos XISMEIN"(eu, aos 13 anos)


"Você aprendeu muito, meu jovem" Anakin


"Bom, ahém, no meu caso, Bat-Bom"


"Eu sempre amei a Mulher-Gavião" Bruce Timm


Já comprei essa HQ 4 vezes. Acho que compraria mais quatro vezes. (eu)


Ataque de nostalgia em 3...2.....


"O Retorno de JÉdi, o álbum de figurinhas" (locutor da TV, que não sabia
pronunciar "jedai")


Algum dia eu entenderei totalmente essa história, 
mas me senti muito inteligente quando li :) 


Tudo o que sei do Império Romano, a Gália antiga e os Celtas, 
eu aprendi lendo Asterix


Personagem clássico argentino. Comentarista esportivo
 e crítico político ao mesmo tempo. Caco, o Muppet, Snoopy e
 Henfil reunidos no mesmo personagem


"Mirror´s Edge", um bom memento do ótimo jogo de mesmo nome.


Ei, essa é prateleira de gibis! Tu não passarás!